O FRIO CETICISMO
por Charles R. Swindoll
Êxodo 14, Lucas 9:10-17, 2 Pedro 3
Danny, um pequeno garoto de nove anos, saiu voando da escola
dominical. Seus olhos procuravam em todas as direções enquanto tentava
localizar sua mãe e ou seu pai. Finalmente, depois de uma breve procura,
agarrou-se nas pernas de seu pai e gritou: “Pai, a história de Moisés com
todas aquelas pessoas atravessando o Mar Vermelho é fantástica!” Seu pai
olhou para baixo, sorriu e pediu para o garoto contar o que tinha
aprendido.
“Bem, os israelitas fugiram do Egito, mas o Faraó e seu exército
começaram a persegui-los. Então, os judeus correram o mais rápido que
puderam até chegarem ao Mar Vermelho. O exército egípcio se aproximava
cada vez mais. Moisés pegou seu celular e mandou a Força Aérea de Israel
bombardear os egípcios. Enquanto isso estava acontecendo, a Marinha de
Israel construiu uma ponte para as pessoas atravessarem. E eles
conseguiram!”
Agora, o pai estava chocado: “Foi assim que eles contaram a
história para você?”
“Bem, não exatamente”, Danny admitiu, “mas se eu lhe contasse da
forma que nos contaram, você nunca iria acreditar, pai”.
Com a inocência de uma criança, o pequeno garoto colocou o seu
dedo no pulso de nosso sofisticado mundo adulto, onde um frio ceticismo
reina supremo. Está se tornando muito mais popular operar no mundo preto
e branco dos fatos… e, é claro, não deixar nenhum espaço para o
miraculoso.
Não é realmente uma nova mentalidade. Pedro menciona isso em uma
de suas cartas:
… desejo lembrar-lhes que nos últimos dias haverá escarnecedores
que … se rirão da verdade. Esta será a sua maneira de argumentar: “Jesus
prometeu voltar, não foi? Então, onde está Ele? Ele não virá nunca! Ora,
até onde qualquer um pode lembrar-se, tudo tem permanecido exatamente
como era desde o primeiro dia da criação”. (2 Pedro 3.3 – A Bíblia Viva).
Céticos pensam dessa forma. Se pudessem escolher seu hino
favorito, certamente incluiriam essas palavras: “Assim como foi no
início, agora é e pra sempre será…”
Pense na gravidade. Objetos pesados caem em direção à terra.
Sempre.
Pense sobre a química. Misturar certos elementos na proporção
certa leva ao mesmo resultado. Sempre.
Pense sobre a astronomia. O sol, a lua. As estrelas, todos
trabalham em perfeita harmonia. Sempre.
Pense na anatomia: Seja a pupila do olho expandindo ou contraindo
em resposta à luz, ou nossa pele regulando a temperatura corporal, nós
operamos estritamente baseados em fatos. Duros, imutáveis, rígidos fatos.
Pessoas que conduzem suas vidas de acordo com tal pensamento são
consideradas espertas. Elas não têm uma fração de tolerância ao
sobrenatural. Para elas, é idiotice pensar em termos do inexplicável, do
“miraculoso”.
E sobre os milagres? Bem, vamos limitá-los ao mundo infantil dos
contos de fadas e fábulas. E, se necessário, para os santuários onde as
emoções falam mais alto e precisa-se de muita imaginação para criar todas
aquelas histórias interessantes. Afinal, o que é a religião sem um bolso
cheio de milagres? E se formos tentar prestar contas por todas aquelas
coisas na Bíblia, pense no tempo que iríamos gastar para explicar coisas
como o sol permanecer parado, por que todos aqueles peixes encheram as
redes dos discípulos, o que trouxe Lázaro dos mortos, por que o corpo de
Jesus nunca foi encontrado, como a morte de Cristo limpa vidas ano após
ano, ou como a Bíblia está entre nós.
Como são espertos, os céticos não têm que se preocupar em explicar
pequenas coisas como essas. É mais fácil abraçar a total negação dos
milagres… que é legal e interessante… até que eles adoeçam, fiquem face a
face com a morte, e precisem de uma ajuda milagrosa para cruzar esse
último rio.
O que acontece, então? Ei, se eu lhe dissesse o que a Bíblia
realmente diz, você nunca acreditaria.
Trecho retirado de Crescendo nas
estações da vida de Charles R. Swindoll. © 2003 Charles R.
Swindoll Inc. Todos os direitos mundialmente reservados. Usado com
permissão.
Pastora, Maria Valda
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