sexta-feira, 30 de agosto de 2019

OZEIAS DE PAULA OS MELHORES LOUVORES CD COMPLETO


MATURIDADE ESPIRITUAL


MATURIDADE ESPIRITUAL

É quando você aprende a calar, a se afastar, não se queixa e agradece pelo que tem

Maturidade espiritual


Maturidade espiritual é quando você aceita que erra, aprende a se desculpar e a não jogar no colo do outro o que é seu.

É quando você percebe que já não precisa de tanta coisa assim para suprir suas necessidades, que estar em paz consigo mesmo (a) é melhor do que provocar instigar ou cutucar o outro com vara curta a troco de nada, a troco de mexer em feridas por vezes já cicatrizadas.


É quando você passa a ser mais seletivo (a) internamente, é quando você sabe que pode contar com poucos, mas que são essenciais e que mantém uma boa relação de amizade e empatia sem exigir nada em troca.
É quando você olha mais à volta e se coloca no lugar das pessoas e não mensura a sua dor, assim como não quer que mensurem as suas. É quando você não interfere nas escolhas de ninguém e vai aprendendo a digerir os embates da vida com mais nitidez e resiliência.


É quando você percebe que não precisa ter a casa cheia, não precisa de tanto barulho, que estar a sós é como ir se retratando diante do que se sente, do que sentiu ou do que não quer mais sentir.

É não precisar ir de um lado para o outro tentando encontrar sossego interior. É quando você se aprimora e abstrai o que não precisa, pede com mais fé e acredita mais no divino e não em falsas promessas ou pessoas que não tem serventia por serem apenas instrumentos prontos a desestabilizar seu coração, prontas a quererem se apossar do que não lhes pertence a troco de fazê-lo (a) sofrer.


É quando você ora, pede pelos que precisam, pede pelos que adoecem a alma, pede para que todos recebam luz por mais que não se queira aproximação.
É quando você esvazia a bagagem, percebe que andar descalço por vezes é libertador e que se o sol não apareceu naquele dia mais nublado, você continuará acreditando em dias melhores e nas possibilidades de superação e cura.

Maturidade espiritual é quando você aprende a calar, a se afastar, a não se agredir e não agredir.

É quando você sente que a porta do céu é melhor que abrir o chão para que você se afunde em dor ou discórdia.


A maturidade vem com os altos e baixos com o entender nas entrelinhas. Com a sensação de que não existe superioridade e sim a humildade de quem precisa manter o olhar atento, os sentimentos honestos e a obrigação de cuidar melhor de si mesmo (a), para que você tenha força para socorrer aos que também precisam de auxílio.
A maturidade espiritual vem quando você não precisa viver de melindres, não precisa disfarçar o que é, quando você aceita a própria condição, seja ela qual for, sabendo dos propósitos de Deus.

É quando você abre a porta, não procura discórdia, não se queixa e agradece pelo que tem.


segunda-feira, 19 de agosto de 2019

AS ORIENTAÇÕES PARA O BOM MINISTRO



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AS ORIENTAÇÕES PARA O BOM MINISTRO

As orientações para o bom ministro
1 Timóteo 4.6-16






Introdução:

I.    Paulo já ensinou sobre diversos assuntos e agora faz um resumo de orientações para Timóteo ser um bom ministro. São doze ensinos, tais como os que seguem.

1)         O bom ministro expõe o ensino (v.6)
2)         O bom ministro rejeita o falso ensino (v.7)
3)         O bom ministro se exercita na piedade (v.7-8)
4)         O bom ministro aceita a Palavra fiel (v.9)
5)         O bom ministro luta pela Palavra fiel (v.10)
6)         O bom ministro ordena e ensina (v.11)
7)         O bom ministro não despreza a sua mocidade e se torna o padrão dos fiéis (v.12)
8)         O bom ministro se aplica à leitura, à exortação e ao ensino (v.13)
9)         O bom ministro não negligencia o dom concedido por Deus e testemunhado por outros líderes (v.14)
10)    O bom ministro medita no seu ministério para que o seu progresso se manifeste aos outros (v.15).
11)    O bom ministro cuida de si mesmo e da doutrina (v.16)
12)    O bom ministro persevera (v.16)


II. É bem detalhado o ensino acima, mas podemos resumi-lo em duas orientações. A primeira é a orientação para o ministro cuidar do ensino e a segunda cuidar de si mesmo. 

Um obreiro deve seguir as orientações de Paulo para Timóteo
As orientações para o bom ministro

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1.1.   Cuidar do ensino (v.6-11).


1.2.   O bom ministro expõe o ensino, mas toma o cuidado de se alimentar. O bom ministro (diakonos, servo) não pode negar o bom ensino aos irmãos e deve, também, adverti-los contra os falsos ensinos (v.6).


1.3.  O obreiro deve rejeitar, ou seja, não dar importância religiosa a certos assuntos, no caso, a essas fábulas. As fábulas não são necessariamente blasfemas ou ímpias em seu caráter, mas não têm valor para o ensino da Palavra de Deus. Muitas fábulas eram histórias mentirosas sobre anjos, Deus e outros assuntos, os quais eram tratados sem base bíblica, mas que os falsos mestres usavam como se tivessem valor escriturístico (v.7).


1.4.  As senhoras em idade avançada devem ser respeitadas e honradas, ainda que algumas sejam caducas. O sentido não é quanto às mulheres de idade avançada, mas diz respeito às ideias indignas de confiança. Paulo usa uma expressão para transmitir a ideia de "pouca credibilidade". Não significa que as fábulas eram contadas por velhas, pelo contrário eram narradas por pessoas muito conscientes do que estavam fazendo, porém, o servo de Deus não deve dar credibilidade a esses ensinos falsos (v.7).


4. Exercitar é o mesmo que treinar, disciplinar o corpo ou a mente (Hb 5.14). Esse treino deve ser na “piedade”, que é o temor a Deus, a vida cristã propriamente dita (v.7).


5. O bom ministro deve treinar para alcançar vitórias sobre o velho homem. O exercício é estudar a Palavra e praticar com a ajuda do "treinador", o Espírito Santo. Alguns se exercitam no mal (2 Pe 2.14). Treino em ginásio de esportes nunca é fácil. Assim, também, treinar-se na piedade requer sacrifícios (v.7).





6. Quando Paulo diz que o exercício físico "para pouco é proveitoso", ele não está dizendo que o exercício físico não tem nenhum valor, mas que não tem nenhum valor no que se refere a benefícios para a eternidade (v.8).


7. O exercício físico para esta vida é muito bom. Se o exercício físico é bom, o exercício na vida cristã é muito melhor, pois resulta em benefícios espirituais para a eternidade, que é a "promessa da vida que agora é da que há de ser" (v.8).


8. Fiel é a palavra que Paulo está proferindo sobre o bom ministro. Ouvimos tanta mentira que seria muito proveitoso atentarmos para estes ensinos, pois há muitos maus obreiros introduzindo ensinos errados. A palavra fiel é o motivo da luta e Deus é nossa esperança. A luta é contra as heresias e o pecado de modo geral, o qual se reflete na falta de piedade, e também, para que outros conheçam o Salvador (v.9-10).


9. Para lutar é preciso ter um objetivo em vista. Obreiros que trabalham, tendo como único alvo os resultados de seu trabalho, ficam frustrados, pois pregam e pessoas não se convertem, ensinam os crentes e muitos não crescem e lutam para serem honestos e sofrem injustiça. Todo obreiro tem que mirar o alvo certo que é o Deus vivo e Nele esperar. O bom ministro receberá galardão do seu trabalho e não dos resultados obtidos (1 Co 3.8-9) (v.10).

10.Jesus Cristo é o Salvador de todos os homens. Isto não significa que Ele levará ao Céu pessoas que não se arrependerem de seus pecados e não creem Nele, mas que Ele pode aceitar todos os que querem ser salvos crendo na Salvação proposta por Ele, ou seja, crendo na expiação feita na cruz. Isto está ao alcance de todos os que ouvem e não apenas para um grupo selecionado (1 Jo 2.2) (v.10).

11. Timóteo tinha de ordenar, mas a situação dele não era tão simples para cumprir a exigência de Paulo. Timóteo devia ter mais ou menos 35 anos. No Império Romano, homem maduro era considerado de 40 anos para cima. Timóteo tinha de corrigir homens de 50-60 anos ou mais, isso era um obstáculo cultural a ser transposto. Sabemos que entre os judeus, um homem a partir de 30 anos já tinha autoridade para isto (v.11).


12. Timóteo era tímido, conforme as evidências de 1 Co 16.10-11. É possível que alguém quisesse tirar vantagem desses aspectos da vida de Timóteo. Há muitos obreiros que ensinam, porém, não tem coragem de ordenar. Se o nosso ensino pode ser discutido, escolhido ou rejeitado como mais uma opção filosófica, então, já não somos profetas de Deus e passamos a ser filósofos e “formadores de opinião”. O “assim diz o Senhor” é substituído pelo “veja se eu não tenho razão...” ou “eu penso assim” (v.11)


13. Esta orientação diz respeito ao ensino. O bom ministro precisa ensinar sempre e com autoridade. A autoridade vem de um cuidado por sua própria vida, como veremos a seguir.


II. Cuidar de si mesmo (v.12-16)

1.Por ter Timóteo que lutar contra um fator irreversível durante pelo menos uns 10 anos (até ficar "maduro" para a sociedade), deve tornar-se padrão, a fim de ser aceito, se não pela concepção de maturidade, pelo menos pelo caráter de um bom obreiro. Os mais jovens precisam de maior demonstração de um andar digno, pois a pouca idade e a falta de visão correta dos valores reais de um bom obreiro, por parte de alguns, tornam-se um obstáculo para ser reconhecido. Não ser reconhecido como um obreiro sério é prejuízo irreparável para a obra (v.12).


2.Independente se Paulo estava se referindo à leitura pública ou particular, é importante que todo obreiro leia. Sabemos que naqueles dias os crentes não possuíam cada qual a sua Bíblia particular, daí a importância do ministro (pastor) ler as Escrituras para todo o povo. Também era costume nas sinagogas a leitura pública. Logo se percebe quando um obreiro lê bastante ou pouco. A leitura frequente dá autoridade para toda pessoa em qualquer setor (v.13).


São necessários 25 carneiros para se fazer 200 páginas da Bíblia de pergaminho. Portanto, para se fazer 1200 páginas, o tamanho da Bíblia toda, são necessários 150 carneiros {Berean, nr.46, 14/11/03}

3.O obreiro, também, deve exortar o povo. A palavra exortar tem duplo sentido. Um deles é mostrar o caminho certo da vida cristã e o outro é consolar. O obreiro deve ler, exortar e ensinar. Parece que toda a base disto é a leitura. O obreiro que pensa que é suficiente para consolar e ensinar sem estudar já é um fracasso, pois ninguém é uma ilha, isolado em suas ideias. Não existe doutrina sem exposição do ensino e não existe ensino sem estudo da Palavra de Deus. Para exortar precisa cuidar de sua própria vida, senão o resultado será a hipocrisia (v.13).


4.Mesmo que Timóteo ouça Paulo e leia, exorte e ensine, ele não pode dispensar a ajuda pessoal de Paulo. Todo obreiro precisa de ajuda de seus líderes e todo líder tem a obrigação de acompanhar o crescimento dos seus discípulos. Percebe-se a intenção de Paulo na expressão “até que eu vá” (v.13).


5.O "Dom" é a capacidade dada pelo Espírito Santo para exercer uma determinada tarefa. É difícil dizer se aqui tem algo relacionado a poderes miraculosos. Em alguma igreja impuseram as mãos em Timóteo à semelhança da igreja de Antioquia da Síria, que fez o mesmo com Saulo e Barnabé (At 13.1-3). O dom não era responsabilidade do presbitério, mas era concedido por Deus para o obreiro ("em ti") (v.14).


6.Alguns pensam que a imposição feita a Timóteo foi em Listra (At 16.1-3). Outros pensam que foi em Éfeso, onde Timóteo recebeu o ofício de superintendente. Não é preciso estabelecer aqui o ensino de que os dons espirituais são concedidos desta forma. Mas aqui, talvez, refira-se simplesmente à bênção da igreja, ou seja, a igreja, por mãos do presbitério concordando com o obreiro para a tarefa a que está sendo enviado. De qualquer forma, o obreiro precisa ter a confirmação de Deus e dos irmãos para o ministério e jamais trair a confiança daqueles que investem em seu ministério (v.14).

7.As profecias devem ser as declarações proferidas por outros obreiros a respeito daquele que está sendo investido da autoridade de Deus. Um obreiro deve começar o ministério com uma quantidade de testemunhas para não ocorrer o erro de ser uma criação própria de algum obreiro presunçoso (v.14).


8.Meditar significa “pensar seriamente” (meletao, atentar cuidadosamente). O obreiro que não pensa seriamente nesses assuntos jamais conseguirá concentrar sua atenção no ministério, pois o exercício do ministério depende de uma mente direcionada e isto só é possível através da reflexão cristã (v.15).


9.Não apenas pensar esporadicamente, como que para refazer a estratégia de ministério, mas ocupar a mente com os princípios ministeriais. Pelas orientações de Paulo para Timóteo, podemos usar uma hipérbole e dizer que o bom obreiro quando não está estudando está pensando (v.15).


10.O bom ministro progride e todos veem. "Progresso" é um termo militar que significa "ir adiante” (prokope, avanço) como faz o pioneiro. Como aquele soldado que vai adiante da tropa derrubando obstáculos para outros seguirem. Timóteo devia abrir caminho para os crentes crescerem. Com este termo em mente, podemos fazer algumas considerações (v.15).


Se o obreiro não está abrindo caminho para seus discípulos eles nunca chegarão onde Deus quer.

Abrir o caminho causa alguns arranhões para o pioneiro, no caso, o obreiro.
Ao abrir o caminho muitos que estão atrás criticarão e, às vezes, darão boas sugestões.

Se o obreiro abrir o caminho para lugar errado, todos os seus seguidores estarão perdidos.

O obreiro nunca deve arrancar todos os obstáculos, mas deixar uns poucos para os seguidores.

Seria tolice que o pioneiro, ao invés de tirar os obstáculos colocasse outros mais.


11.Se Timóteo meditar nas ordens de Paulo e ser diligente (dedicado), todos verão que ele é um padrão, apesar de ser jovem. O obreiro não está sozinho em seu ministério no que diz respeito à prestação de contas. Mesmo não oficialmente, o obreiro presta contas aos seus discípulos, à igreja e à sociedade de modo geral. Não é possível um obreiro achar que está crescendo e ninguém perceber, pelo contrário, o seu crescimento fica evidente a todos (v.15).

12.” Tem cuidado” é a tradução de “epekho” que significa “prestar atenção, aplicar”. O obreiro que não aplica para si mesmos essas verdades tornam-se como o fariseu que diz “faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”. O bom ministro cuida de si mesmo e da doutrina por causa do rebanho (v.16). 


13.Portanto, é possível um obreiro ser totalmente íntegro em sua moral, mas não ser um bom obreiro porque não é esforçado no ensino, ou seja, tem cuidado de si mesmo, mas não da doutrina. Por outro lado, há o obreiro que é um erudito na doutrina, porém, seu caráter não é perfeito (v.16).


14.Talvez não seja tão difícil começar nessas virtudes e doutrina, mas certamente será difícil continuar. Mesmo com as dificuldades o obreiro deve permanecer. Aqui não se trata de permanecer em um lugar, mas continuar no cuidado próprio e da doutrina. Isto o obreiro deve fazer onde estiver (veja a importância da palavra “continuar ou perseverar” em outros textos: At 6.4, 26.22, Rm 2.7, 2 Tm 3.14, Tt 1.9) (v.16).


15.É evidente que Paulo não está falando de salvação no sentido soteriológicos que estamos acostumados a entender. Ser salvo aqui significa, em termos bem populares “fazer valer a pena o ministério”. Ser salvo de um ministério inútil e dos erros (heresias). Não é por acaso que existem obreiros que são bênção e outros prejuízo para o reino de Deus. A aplicação desses princípios fará de nossos ministérios uma fonte de vida para os sedentos (v.16).

Conclusão
: - A queda de um obreiro reside exatamente na falta de observar essas duas orientações. O bom ministro deve cuidar do ensino para o seu rebanho, pois senão falhará no cumprimento de sua missão e, da mesma forma, não deve deixar de cuidar de si mesmo, pois senão não estará qualificado para conduzir o rebanho. 


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Pércio Coutinho Pereira, 09/10/2004

{Berean, nr.46, 14/11/03} site www.thebereancall.org






MEUS MOMENTOS DE FOLGAS












10 MALES CAUSADOS PELO ORGULHO






Por: Jânio Santos de Oliveira



"O que a Bíblia diz sobre o orgulho?"

Há uma diferença entre o tipo de orgulho que Deus odeia (Pv 8:13) e o tipo de orgulho que sentimos por fazer algo bem feito. O tipo de orgulho que surge de sermos justos aos nossos próprios olhos é pecado e Deus odeia isso porque atrapalha a nossa aproximação dEle. Salmo 10:4 explica que os orgulhosos estão tão cheios de si que seus pensamentos estão longe de Deus: “Pela altivez do seu rosto o ímpio não busca a Deus; todas as suas cogitações são que não há Deus”. Esse tipo de orgulho arrogante é o contrário do espírito de humildade que Deus procura: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5:3).

Os “pobres de espírito” são aqueles que reconhecem sua falência espiritual e sua falta de habilidade de se aproximar de Deus se não fosse por Sua divina graça. Os orgulhosos, por outro lado, são tão cegos por causa de seu orgulho que acham que não precisam de Deus ou pior, que Deus deve aceitá-los do jeito que são porque eles merecem a Sua aceitação.

Por todas as Escrituras, podemos ler sobre as consequências do orgulho. Pv 16:18-19 nos diz: “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda. Melhor é ser humilde de espírito com os mansos, do que repartir o despojo com os soberbos.” Satanás foi expulso do céu por causa de seu orgulho (Is 14:12-15).

Ele teve a audácia egoísta de tentar tomar o lugar de Deus como o que reina o universo. No entanto, Satanás será lançado no inferno no julgamento final de Deus. Para aqueles que se erguem em rebelião a Deus, há nada mais em seu futuro a não ser desastre: “Porque me levantarei contra eles, diz o SENHOR dos Exércitos, e extirparei de babilônia o nome, e os sobreviventes, o filho e o neto, diz o SENHOR” (Is 14:22).

Orgulho já impediu que muitas pessoas aceitassem a Jesus como seu Salvador pessoal. Recusar a admitir o próprio pecado e que não podemos fazer nada com nossos próprios esforços para merecer a vida eterna tem sido uma pedra de tropeço para muitas pessoas. Não devemos ter orgulho de nós mesmos, mas se queremos nos gloriar, então devemos proclamar as glórias de Deus. O que dizemos sobre nós mesmos não significa nada no trabalho de Deus. É o que Deus diz sobre nós que faz a diferença (2 Co 10.13).

Por que orgulho é um pecado? Orgulho é dar a nós mesmos o crédito por algo que Deus realizou. Orgulho é dar a nós mesmos a glória que pertence só a Deus. Orgulho é, em essência, louvor próprio. Nada que realizamos nesse mundo seria possível se não fosse Deus nos capacitando e sustendo. Por isso é que devemos dar a Deus a glória – por que só Ele é digno de recebê-la.

1. O orgulho conduziu a Lúcifer do céu ao inferno.

Na Bíblia, Deus nos mostra que toda reação de orgulho tem sua punição. A maior demonstração de orgulho e a maior queda de todas é a do anjo Lúcifer, uma palavra do Latim (lucem ferre) que quer dizer "portador de luz". Da ordem dos querubins, Lúcifer era um anjo poderoso. Seu poder e sua beleza, entretanto, levaram-no a se achar igual ou melhor que Deus. Em Ezequiel, capítulo 28, versos de 1 a 19, o orgulho do rei de Tiro é comparado ao de Lúcifer. Diz o texto:

“Tu és o aferidor da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. Estava no Éden, jardim de Deus; toda pedra preciosa era a tua cobertura Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei.”

Em Isaías, cap. 14.12- 20, a queda de Nabucodonosor também é comparada à queda de Lúcifer:

“Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.”


2. O orgulho levou ao rei Ezequias mostrar as riquezas, ouro e armas aos inimigos babilônicos

A profecia que vamos estudar neste programa está registrada em 2 Re 20: 17-18 “Eis que vêm dias em que tudo quanto houver em tua casa, e o que entesouraram teus pais até ao dia de hoje, será levado a Babilônia; não ficará coisa alguma, disse o Senhor. E ainda até de teus filhos, que procederem de ti, e que tu gerares, tomará, para que sejam eunucos no paço do rei de babilônia”.

Esta profecia foi feita por Isaías, nos dias que Ezequias era rei de Judá, mais ou menos no ano de 713 AC. Ezequias reinou em Jerusalém de 716 a 687 AC. Para entendermos o porquê desta profecia, devemos voltar um pouco na história. O rei Ezequias estivera doente. Chorou e pediu a Deus para viver um pouco mais e acabou ganhando mais quinze anos de vida. Ezequias pediu um sinal da parte de Deus, como confirmação, de que sararia, e este sinal envolvia o recuo da sombra do relógio de Acaz em dez graus. Em Babilônia, sábios que estudavam os astros, notaram este fenômeno na natureza e descobriram que isto era fruto de um sinal favorável de Deus a Ezequias.

Uma comissão foi enviada para cumprimentar o rei de Judá pela cura e oferecer presentes. Os Babilônicos não estavam em evidência no mundo nessa época, mas sim os Assírios. Muitos comentaristas dizem que os presentes tinham provavelmente a intenção de encorajar Ezequias a também se revoltar contra os Assírios.

Merodaque-Baladã, que era o rei de Babilônia, ao enviar os mensageiros esperava entregar presentes e buscar apoio político para as suas novas conquistas. Os embaixadores, porém, foram surpreendidos com a postura do rei de Judá. (2 Re 20.13) conta que “Ezequias recebeu os mensageiros e lhes mostrou toda a casa de seu tesouro, a prata, o ouro, as especiarias, e os melhores unguentos, a sua casa das armas, e tudo o que havia nos seus tesouros; coisa alguma houve que não lhe mostrasse, nem em sua casa, nem em todo o seu domínio”.

Sem dúvida um dos objetivos de Merodaque-Baladã era buscar mais informação sobre o Deus com poder de fazer a sombra de o sol regredir dez graus. Ezequias perdeu a grande chance de mostrar a grandeza do seu Deus. A oportunidade estava ali, diante de seus olhos, para mostrar aos viajantes do outro lado do Jordão as maravilhas do Deus do céu. Mas o orgulho e a vaidade tomaram posse do coração de Ezequias e esqueceu por completo o milagre recebido.

Ah! Amigo ouvinte, como é fácil, após sermos grandemente beneficiados, esquecermos do nosso benfeitor. Muitos já estiveram à beira da morte e ali, no desespero, fizeram muitos propósitos, muitos votos, muitas promessas. Só que, após a recuperação, foram esquecendo aos poucos da bênção recebida.

Para Ezequias era mais fácil e interessante falar das conquistas, dos armamentos, dos tesouros e de sua corte. Como é fácil para o ser humano destacar seus feitos, suas riquezas, seu poder, sua inteligência. Em resumo: falar de si mesmo e esquecer-se de Deus.

O profeta Isaías, que viveu em Jerusalém nos dias dos reis Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, profetizou que esse mesmo povo voltaria, não para trazer presentes, mas para levar toda a riqueza que foi mostrada, inclusive os filhos do próprio Ezequias que seriam levados como escravos. Esta profecia demorou mais de um século para ser cumprida. Tanto Ezequias, como Isaías, não presenciaram o cumprimento. Mas no ano de 605 AC, Nabucodonosor, rei de Babilônia invadiu Judá. 2 Re 24:1,13 e 14 relata: “Nos dias de Jeoaquim subiu Nabucodonosor…e invadiu a terra…Tirou dali todos os tesouros da casa do rei e despedaçou a todos os vasos de ouro, que fizera Salomão, rei de Israel…Deportou de toda a Jerusalém, como também todos os príncipes, todos os homens valentes, dez mil presos, e todos os artífices e ferreiros; ninguém ficou senão o povo pobre da terra”. Todo o relato está nos capítulos 24 e 25 de II Reis.

Perceba que cerca de cem anos antes o profeta Isaías tinha profetizado sobre este momento. A primeira invasão dos babilônicos ocorreu em 605 AC. Em 589 Nabucodonosor voltou e cercou Jerusalém. O sitio começou no nono ano de Zedequias e só terminou no décimo primeiro ano, no quarto mês. Pelos números, foi um longo período de cerco. A fome foi apertando e, então, numa noite, o muro foi arrombado e os homens de guerra de Judá fugiram, inclusive o rei. Mas não tiveram sucesso na fuga, o exército inimigo os alcançou e o que aconteceu foi de uma verdadeira chacina. 2 Re 25:6-7 diz: “Então prenderam o rei e o fizeram subir ao rei de Babilônia, a Ribla, onde foi pronunciada a sentença contra ele. Aos filhos de Zedequias degolaram na presença dele, e a ele lhe furaram os olhos, e o ataram com duas cadeias de bronze, e o levaram para Babilônia”.

O que chama a minha atenção foi o que motivou esta profecia. Na minha maneira de ver foi o orgulho. O rei Ezequias, após ter uma das maiores bênçãos de Deus, a da saúde, não aproveitou para testemunhar do Deus do céu para os seus visitantes. O rei orgulhoso apenas se preocupou em mostrar riquezas, ouro e armas.

3. Nabucodonosor virou um animal irracional por causa do orgulho


Nabucodonosor era um homem, orgulhoso, vaidoso, arrogante e prepotente, ao ponto de olhar para as construções magníficas em Babilônia, dentre elas os jardins suspensos, e achar que tudo aquilo foi feito através do seu poder. E que aquilo tudo era para sua glória. Que coisa terrível! O homem exaltando-se a si mesmo e querendo usurpar o lugar de Deus. Mas como o Deus Vivo não divide a Sua Glória com homem algum, declarou a Sua sentença a Nabucodonosor.

Primeiro Deus o alertou dando-lhe um sonho. Daniel o interpretou através do ministério que recebera de Deus. Daniel revelou ao rei, que a sentença dele, dada por Deus, seria viver como um animal. Mas Nabucodonosor fez pouco caso da Palavra de Deus e pagou muito caro por isso.

Hoje, quantos faz pouco caso da Palavra de Deus!

Deus os avisa em sonhos, como fez com Nabucodonosor; usa profetas, e eles não acreditam. Dizem até que o profeta não é de Deus. Preferem ter as suas vidas fundamentadas na mentira. Enchem-se de orgulho e vaidade, exaltando seus nomes e a si mesmos e deixando de lado o Nome que é sobre todos os nomes - JESUS.

Quantos, por causa de seus títulos são orgulhosos! Abrem a boca, e vaidosos dizem: Sou Bacharel em Teologia, Doutor em Divindade, Apóstolo Primaz, PHD em Teologia, e tantos outros títulos ridículos e inúteis, ao quais os homens inventaram para se destacar dentre os outros.

Eu nunca vi Jesus se preocupando com títulos e nem dando títulos a ninguém. O maior título que um homem pode ter é o de SERVO, e esse é o maior de todos. Ele disse: “Basta ao servo ser igual ao seu Senhor”. Se você é um servo, deixa que Ele apareça. João Batista disse: “Importa que Ele cresça e eu diminua”. Quantos estão se exaltando a si mesmos a ponto de querer aparecer mais do que Deus!

Observe que quando Deus decreta a sentença de Nabucodonosor, Ele lhe dá um tempo para se arrepender. Deus lhe deu um ano para que se arrependesse e ele não se arrependeu. Deus jamais pune um inocente, mas ao culpado Ele não tem por inocente. E logo foi cumprida a sentença de Nabucodonosor. Essa sentença não foi como muitos afirmam: Que ele ficou louco, e pensava que era um animal. Assim está registrado na Bíblia: “No mesmo instante, se cumpriu à Palavra sobre Nabucodonosor; e foi expulso de entre os homens e passou a comer erva como os bois, o seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceram os cabelos como as penas da águia, e as suas unhas, como as das aves.” (Dn 4:33). Está claro que Nabucodonosor virou um animal durante sete anos. Até que reconheceu a soberania de Deus. E entendeu que nesse mundo nada temos e nada somos, se o Senhor dos senhores não estiver no controle das nossas vidas.

Deus falou para Nabucodonosor: “Passou de ti o teu reino” (v. 31). E na mesma hora ele foi tirado dentre os homens, e foi humilhado, zombado e escarnecido por todos. Quem diria, o “grande” rei Nabucodonosor virou um bicho! Teve que engolir seu orgulho, vaidade, arrogância, prepotência e ao invés de estar comendo as mais finas iguarias do palácio, foi comer capim.

É assim que Deus faz: abate os soberbos de tal maneira que causa espanto aos que estão ao seu redor.

Deus mostrou através da vida de Nabucodonosor o que Ele faz com os homens arrogantes, prepotentes, soberbos, vaidosos e orgulhosos. Ele faz com que comam esterco, até que aprendam a humilhar-se diante da Sua face.

Hoje, através desse estudo, Deus fala para ti: se não te arrependeres, passará de ti o teu reino, passará de ti o ministério que um dia Eu te dei; pois Eu dou e Eu tiro. Passará de ti a vida e morrerás e não viverás.

Se não te arrepender Deus te humilhará, te abaterá e te transformará em um bicho. Pois é nisso que o homem se transforma se não tiver a presença de Deus em sua vida. Será como um animal que não tem espírito, e não tendo espírito perderá a comunhão com Deus. “Pois o Espírito Santo testifica com o nosso espírito, que somos filhos de Deus.”

Arrepende-te! Dê a Deus toda a Glória que Lhe é devida. Pois o teu orgulho já chegou até aos céus, já subiu até as narinas de Deus, e se não reconheceres e confessares o teu pecado, tua sentença será decretada e executada.

Muitos se mascaram de uma falsa humildade. Mas quando o assunto é dinheiro, posição e justiça colocam-se em um pedestal e pisam em todos os que estão em sua frente.

Quantos estão na posição de liderança, usufruindo do bom e do melhor, e os membros de sua igreja estão, muitas das vezes, passando necessidades. O dinheiro dos dízimos e das ofertas é somente para cumprir o capricho da esposa, e dos filhos e os seus
próprios caprichos. Mas cuidado, o teu reino será tirado de ti, se não te arrependeres!

O Deus da Bíblia não dorme e não tosqueneja, pois Ele é o Fiel Guarda de Israel. Ele age na hora certa e no tempo certo. Ele abate os soberbos e dá graça aos humildes.

Como está o teu coração? Está cheio de orgulho, inveja, soberba, arrogância? Você bate no peito e diz: Eu sou eu tenho, eu faço! Cuidado, Nabucodonosor também agia assim! E olha qual foi a sua sentença!

Você acha que tudo o que tem acontecido na sua igreja é por mérito seu? Cuidado, esse foi o grande pecado de Nabucodonosor! Ele quis uma glória que não era dele.

Você acha que só você está certo, que todos têm que se curvar a você? Cuidado, você será abatido e humilhado!

Quantos estão atrás dos púlpitos, cheios de orgulho, vaidade, se acham estrelas, cobram para pregar, cobram para cantar. Enquanto Jesus disse: “De graça recebei de graça daí”.

O que rege as suas igrejas não é mais a Bíblia, mas sim os seus próprios conceitos e interesses. Fazem amizades com políticos para usufruírem dos “bens” que esses podem trazer para suas “igrejas”. Os tais que assim pensam e agem são miseráveis e hipócritas, pois Cristo Jesus nunca fez e nem ordenou que os seus discípulos fizessem alianças com nenhum político. Ele disse: “O meu reino não é desse mundo”.

O Senhor está te dando à chance de se humilhar debaixo da sua potente mão. Deixe de lado o orgulho, e reconheça que tudo foi feito por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. O que você “é” hoje é por misericórdia de Deus.

Depois que Nabucodonosor reconheceu que Deus é o único Senhor, Ele fez várias declarações a respeito de Deus, uma delas foi: “Deus pode humilhar aos que andam na soberba” (v. 37b). Não se esqueça de que Ele não mudou, Ele ainda é o mesmo, e resiste aos soberbos.

4. O orgulho causou a lepra em Naamã


A história de Naamã começa com o seu heroísmo. Era herói de guerra. Um homem com muitas condecorações.

No entanto, em sua própria casa, para os que o conheciam na intimidade, sabiam que por baixo daquela roupagem de aparências, havia uma deficiência grave - lepra. Era um herói lá fora, mas para os íntimos um leproso. Para os de fora um homem conceituado, para os seus, um homem derrotado na intimidade.

Quantos que conhecemos que não estão na mesma situação?

Ostentam uma aparência de espirituais, mas interiormente estão imundos. São heróis por fora, mas interiormente deficientes, e por isso derrotados. A lepra aqui simboliza o pecado.

Dizem que Naamã sofria de duas enfermidades, uma no corpo e outra na alma – a lepra e o orgulho.

O Senhor Deus tratou destas enfermidades curando a principal – o orgulho.

Quando chegou na casa de Eliseu, pensava o comandante que seria saudado com pompa, todavia o profeta apenas mandou um recado dizendo a ele que se banhasse sete vezes no rio Jordão. O tratamento recebido feriu o orgulho do velho comandante que se negava a descer humildemente de sua carruagem e obedecer a direção dada pelo homem de Deus.

Depois de ser convencido pelos seus companheiros, por fim aceitou. Seu processo de cura começou:

Desceu de sua carruagem de orgulho, despiu-se da roupagem da falsa aparência, acatou a orientação do homem de Deus, submergindo no rio Jordão, saiu de lá com uma pele nova, mais principalmente com um coração novo.


5. O orgulho do rei Uzias o conduziu à morte física e espiritual

O rei Uzias não soube valorizar o seu reinado e nem a riqueza do seu conhecimento, e quando isso acontece o indivíduo termina sendo ofuscado pela insensatez. “Todavia o homem que está em honra não permanece; antes é como os animais, que perecem. ...
” (Sl 49:12).

Enquanto ele foi fiel a Deus, ele foi vitorioso em várias praticamente todo o seu reinado

Diz A Palavra que ele:
- Venceu várias guerras
- O povo recolhia os impostos fielmente
- Edificou torres em Jerusalém
- Edificou torres no deserto
- Cavou muitos poços
- Tinha muitos gados
- Tinha muitos lavradores
- Investia na agricultura
- Possuía um exército numeroso e de homens capacitados que sabiam usar bem as armas, capacete, arco e flechas
- Mandou inventar e fabricar máquinas para atirar flechas- era um rei que investia em seu reinado

Deus o prosperou, o progrediu tanto, que o rei Uzias se tornou muito poderoso e sua fama correu muito longe – diz A Palavra.

E essa história verídica que tinha tudo para ter um final feliz, teve um final desastroso.

Diz A Palavra (versículo 16 ), que depois de se tornar poderoso, o orgulho tomou conta do seu coração e veio a sua queda ( Ler v 16-20)

Quando Deus nos prospera, seja em que área for de nossa vida ( secular, ministerial, afetiva), devemos vigiar de todas as formas, porque é justamente quando estamos no auge de nossa carreira, no topo da nossa felicidade e realizando os nossos maiores sonhos, que o diabo vai fazer de tudo para tentar nos destruir.
Quando você está levando uma vida de “meio-crente”, sem compromisso com a obra de Deus, sem dar oportunidade a Deus de te prosperar, você não incomoda tanto o diabo, mas quando você começa a buscar ao Senhor, a se santificar, começa a ar frutos, aí o diabo vem com determinação para de derrubar. É nessa hora que nossa vigilância deve ser redobrada.

Temos visto muitos homens de Deus, que são empresários, políticos, profissionais liberais, que chegaram ao topo como chegou o rei Uzias, deixando o orgulho tomar conta de seu coração e inevitavelmente vem a queda.

O rei Uzias ficou marcado pela lepra e terminou seus dias sozinhos, isolado, separado de sua família.

Muitos tem ficado marcado pela vergonha, pela corrupção, pelo escândalo e terminam seus dias esquecidos, pobres, cativos aos diabos.

O orgulho tem sido a causa da derrota de muitos servos de Deus. Porque o orgulho é um sentimento que muitas vezes não percebemos, mas o alimentamos em nossa alma com nossas atitudes e pensamentos altivos, e se não o arrancamos de nós, ele nos destrói.

Deus não tem condescendência com aqueles que ferem seus princípios e tenta usurpar o lugar o outro, principalmente se o lugar é o lugar do sacerdote.

O rei Uzias tentou usurpar as funções sacerdotais e Deus o feriu e não o poupou

Muitos tem sido ferido por deus e acham que o diabo é que os tem atingido, mas em muitos casos é o próprio Deus quem nos fere.


6. O orgulho do Rei Davi causou uma grande destruição em Israel.

A história de Davi proporciona um dos mais impressionantes testemunhos que já foram dados quanto aos perigos que ameaçam a alma, provenientes do poderio, das riquezas e da honra do mundo – coisas estas que são as mais avidamente desejadas entre os homens. Poucos já têm passado por uma experiência mais bem adaptada a prepará-los para suportarem tal prova.

A primeira parte da vida de Davi, como pastor, com suas lições de humildade, trabalho paciente e terno cuidado pelos seus rebanhos; a comunhão com a natureza na solidão das colinas, desenvolvendo o seu gênio para a música e poesia, e dirigindo seus pensamentos ao Criador; a longa disciplina de sua vida no deserto, pondo em exercício a coragem, constância, paciência e fé em Deus, foi designada pelo Senhor como preparo para o trono de Israel.

Davi desfrutara experiências preciosas do amor de Deus, e fora ricamente dotadas do Seu Espírito; na história de Saul vira a completa inutilidade da mera sabedoria humana. E, todavia, o êxito e a honra mundanos de tal maneira enfraqueceram o caráter de Davi que ele foi repetido vezes vencidas pelo tentador.

Relações com os povos pagãos determinaram o desejo de seguir seus costumes nacionais, e despertaram a ambição das grandezas mundanas. Como o povo de Jeová, Israel deveria ser honrado; mas, aumentando o orgulho e a confiança em si mesmos, os israelitas não estavam satisfeitos com essa distinção.
Preocupavam-se de preferência com sua posição entre as outras nações. Tal espírito não poderia deixar de convidar à tentação. Com o objetivo de estender suas conquistas entre as nações estrangeiras, Davi resolveu aumentar seu exército, exigindo trabalho militar de todos os que estivessem em idade conveniente. 

Para levar isto a efeito, tornou-se necessário fazer o censo da população. Foram o orgulho e a ambição que motivaram esse ato do rei. A contagem do povo mostraria o contraste entre a fraqueza do reino quando Davi subiu ao trono, e sua força e prosperidade sob seu governo. Isso teria a tendência de fomentar ainda mais a confiança em si mesmo, que já era grande, tanto do rei como do povo.

As Escrituras dizem: "Então Satanás se levantou contra Israel, e incitou Davi a numerar Israel.” (1 Cr 21). A prosperidade de Israel sob o governo de Davi fora devida à bênção de Deus, em vez de atribuível à habilidade do rei ou à força de seus exércitos. Mas o aumento dos recursos militares do reino daria às nações circunvizinhas a impressão de que a confiança de Israel estava em seus exércitos, e não no poder de Jeová.

Embora o povo de Israel tivesse orgulho de sua grandeza nacional, não olhavam com aprovação o plano de Davi, de estender tão grandemente o serviço militar. O alistamento proposto causou muito descontentamento; consequentemente, julgou-se necessário empregarem-se os oficiais militares em lugar dos sacerdotes e magistrados, que haviam anteriormente levantado o censo. O objetivo deste empreendimento era diretamente contrário aos princípios de uma teocracia. Mesmo Joabe objetou, embora sem escrúpulos como até ali se houvesse mostrado.

Ele disse: "O Senhor acrescente ao Seu povo cem vezes tanto como é; porventura, ó rei, meu senhor, não são todos servos do meu senhor? Por que procura isto, o meu senhor? Por que seria isso causa de delito para com Israel? Porém a palavra do rei prevaleceu contra Joabe; pelo que saiu Joabe, e passou por todo o Israel; então voltou para Jerusalém." A contagem não estava terminada quando Davi se convenceu de seu pecado. Condenando-se a si mesmo, "Davi disse a Deus: Gravemente pequei em fazer tal coisa; porém agora sê servido tirar a iniquidade de Teu servo, porque obrei mui loucamente". (1 Cr 21:1-8).

Na manhã seguinte uma mensagem foi levada a Davi pelo profeta Gade: "Assim diz o Senhor: Escolhe para ti, ou três anos de fome, ou que três meses te consumas diante de teus adversários, e a espada de teus inimigos te alcance, ou que três dias a espada do Senhor, isto é, a peste na terra, e o anjo do Senhor destruam todos os termos de Israel: vê, pois, agora", disse o profeta, "que resposta hei de levar a quem me enviou."( 1 Cr 21:10-12). A resposta do rei foi: "Estou em grande angústia; porém caiamos nas mãos do Senhor, porque muitas são as Suas misericórdias; mas nas mãos dos homens não caia eu." 2 Sm. 24:14.

A terra foi ferida com pestilência, que destruiu setenta mil em Israel. O açoite ainda não havia entrado na Capital, quando "levantando Davi os seus olhos, viu o anjo do Senhor, que estava entre a terra e o céu, com a espada desembainhada na sua mão estendida contra Jerusalém. Então Davi e os anciãos, cobertos de sacos, se prostraram sobre os seus rostos". O rei pleiteou com Deus a favor de Israel: "Não sou eu o que disse que se contasse o povo? E eu mesmo sou o que pequei, e fiz muito mal; mas estas ovelhas que fizeram? Ah! Senhor, meu Deus, seja a Tua mão contra mim, e contra a casa de meu pai, e não para castigo de Teu povo."

O levantamento do censo causara descontentamento entre o povo; todavia eles próprios tinham acariciado os mesmos pecados que determinaram a ação de Davi. Assim como o Senhor pelo pecado de Absalão trouxe juízos sobre Davi, assim pelo erro de Davi Ele puniu os pecados de Israel.

O anjo destruidor detivera-se em seu caminho fora de Jerusalém. Ele ficou sobre o Monte Moriá, "na eira de Ornã, jebuseu". Por indicação do profeta, Davi foi ao monte, e ali construiu um altar ao Senhor, "e ofereceu nele holocaustos e sacrifícios pacíficos; e invocou o Senhor, o qual lhe respondeu com fogo do céu sobre o altar do holocausto". 1 Cr 21.16-26. "Assim o Senhor Se aplacou para com a terra, cessou aquele castigo de sobre Israel." 2 Sm 24.25. [1]

7. O orgulho causou a destruição do exército de Faraó.

Faraó, Mas Faraó respondeu: Quem é o Senhor para que eu ouça sua voz, e deixe ir à Israel? Não conheço o Senhor, nem tampouco deixarei Israel partir (Ex 5.2).

O Senhor sabia, de antemão, que o coração do Faraó era extremamente duro, resistente, insensível, orgulhoso, arrogante e prepotente. Deus quis que Moisés soubesse previamente o que, ou quem, enfrentaria no Egito, mas fê-lo saber também que o coração do Faraó estava em Suas mãos soberanas. A resistência do Faraó seria tão intensa quanto Deus permitisse e cessaria quando Deus dissesse: "Agora basta!". Deus permitiria a intensidade e a duração da resistência do Faraó para mostrar o Seu poder e a Sua glória.

Na história do Êxodo, dez vezes se diz "Faraó endureceu o seu coração" e dez vezes se diz que "o Senhor endureceu o coração do Faraó".

Deus endureceu o coração do Faraó:
Êx 4:21 - 7:3 - 9:12 - 10:1 - 10:20 - 10:27 - 11:10 - 14:4 - 14:8.

Faraó endureceu o seu coração:

Êx 7:13 - 7:14 - 7:22 - 8:15 - 8:19 - 8:32 - 9:7 - 9:35 - 13:15.

Algumas pragas realmente assustaram o Faraó. Repetidas vezes ele prometeu deixar sair os hebreus e pediu a Moisés para que orasse ao Senhor pedindo-lhe o fim daquelas calamidades. Porém, cessada a praga, o Faraó endurecia o seu coração e voltava atrás na sua palavra (Êx 8:8-15; 8:29-32; 9:27-35; 10:16-20).

Gósen, o distrito dos hebreus, foi atingido pelas três primeiras pragas, mas a partir da quarta foi separado e protegido por Deus.

O Faraó só deixou o povo partir quando, à meia-noite, o anjo destruidor ceifou a vida de todos os primogênitos do Egito. Apenas aqueles que estavam no interior das casas com a marca do sangue do cordeiro foram poupados. Deus, assim, aplacou o coração do Faraó; o seu próprio filho morreu e o seu coração ficou destroçado pela dor. Então, ele finalmente deixou Israel partir.

Os egípcios tinham centenas, talvez milhares de deuses: a terra, o rio, o touro, a rã, o gato e, inclusive, o próprio Faraó... Quanta ignorância! Com as dez pragas, Deus destruiu os seus deuses mostrando, assim, que só o Senhor é Deus!

8. O orgulho deixou o fariseu de fora do Reino de Deus.

O fariseu, posto em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este cobrador de impostos (Lc 18.11).
A vida de um fariseu normalmente era caracterizada pela altivez e soberba, principalmente no que tangia à religião. Estudiosos acreditam que os rabinos se instruíam a agradecer a Deus por não terem sido criados como um gentio, um plebeu ou uma mulher. Eles eram gratos a Deus por pertencerem à uma classe "superior" de pessoas. Uma das parábolas do livro de Lucas torna esta idéia mais evidente:

O fariseu, de pé, assim orava consigo mesmo: ó Deus, graças te dou que não sou como os demais homens, roubadores, injustos, adúlteros, nem ainda com este publicano. (Lc 18.11)

Indubitavelmente, a falta de modéstia ou insuficiência de coragem dos fariseus para assumir seus pecados publicamente, fazia deles falsos adoradores. No texto acima vimos que o fariseu simulou qualidades de personalidade, julgando a si mesmo alguém de elevado nível espiritual. É muito provável que os fariseus se autodenominavam seres quase perfeitos, intocáveis e superiores aos demais.

Os cristãos de hoje devem cuidar para não perpetrar tal transgressão. Confesso que em muitas ocasiões já senti orgulho e vergonha de declarar diante das pessoas que sou pecador e de reconhecer que também erro. Ser dirigente de louvor e servir em cima de uma plataforma por alguns anos me fez esquecer que sou imperfeito, cheio de falhas. Em quase todas as igrejas, existem pastores e líderes que têm caído com frequência nesta armadilha. Eles não querem ferir sua reputação e passam a imagem de homens perfeitos aos seus discípulos, com o medo de que suas fachadas espirituais sejam desgastadas.

Chegam ao cúmulo de não reconhecer perante o povo que são totalmente dependentes de Deus, devido ao seu horrendo orgulho e soberba.

Segundo os nossos dicionários bíblicos, a hipocrisia consiste em fingir alguém ser aquilo que não é como se estivesse representando ser melhor do que, na realidade, o é. Essa é a base do falso orgulho.

Alguém gostaria de ser algo significativo. Não sendo isso, o indivíduo apresenta ao público uma fachada de bondade que é falsa ou exagerada. Os sinônimos são a dissimulação, o farisaísmo, o fingimento e a falsa pretensão. O ludíbrio sempre faz parte da vida ou dos atos hipócritas.

Como vimos acima, o orgulho está sutilmente ligado à hipocrisia. Os "fariseus" de hoje se acham superiores aos outros e não querem ser humilhados, devido a sua altivez. A propósito, o vocábulo fariseus significa separado. Na época de Cristo, eles não somente se separavam dos outros povos, como também dos outros israelitas, afinal de contas, eles tinham uma imagem a zelar. Mas mesmo sustentando aquela imagem de santos e sábios não conseguiram enganar a Jesus. Como já esclareci anteriormente, não há possibilidade alguma de conseguirmos enganar a Deus. Ele sonda os nossos corações e conhece o nosso íntimo. Não há como se esquivar de Deus. Nenhum tipo de orgulho, hipocrisia e engano, prevalecerão em sua presença

9
.  O pastor da Igreja de Laodicéia foi severamente censurado por Jesus

E ao anjo da igreja que está em Laodiceia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus:

Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera fora frio ou quente!

Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.

Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas.
Eu repreendo e castigo a todos quanto amo; sê, pois zeloso, e arrepende-te.
Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.

Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono.
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. (Ap 3.14-22)

Em 62 d.C. a cidade de Laodicéia foi totalmente arrasada por um terremoto, e logo foi reconstruída pelos esforços do seu próprio povo, rejeitando, orgulhosamente a qualquer ajuda de Roma. Portanto, Simboliza a Igreja atual, dos nossos dias, A Igreja Orgulhosa.

A última das sete cartas é dirigida a Laodicéia na qual Jesus Cristo se apresenta como o Amém e testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus. O Amém, Assim Seja uma palavra inalterável e imutável, descreve o caráter de Cristo, o mesmo ontem, hoje e eternamente. Hebreus 13:8.

Cristo através desta carta repreende a mornidão espiritual da igreja de Laodicéia dividida entre a carnalidade e a espiritualidade buscando contato com Deus, mas em conexão com o mundanismo, se contaminando com as pecaminosidades carnais do mundo. Ainda repreende o orgulho e a vida de aparência, mostrando estar rico quando na verdade é pobre, miserável, cego e nu.

O Período histórico profético desta carta corresponde a “Era da Apostasia” ano 1900 d.C. até os dias atuais, a igreja dos últimos dias, a atualidade, a época do formalismo e da mornidão espiritual. Uma época que a igreja se desviou das verdades bíblicas se entregando as falsas interpretações e sofrendo com os falsos mestres e falsos profetas. A igreja de Filadélfia –

Este período irá até o arrebatamento da igreja, quando os mornos (Falsos servos de Deus) ficarão na face da terra, pois serão vomitados por Cristo, mas aquele que abrir a porta do coração, Cristo entrará e Ceará com ele. A ceia é uma janta, ou seja, ocorre à noite, isto significa que quando tudo estiver escuro sobre a face da terra Cristo arrebatará sua igreja para a grande ceia no reino celestial.

A dura repreensão de Cristo ao anjo da Igreja de Laodicéia continua, ainda destaca a cegueira, sugerindo o uso de colírio para os olhos a fim de restabelecer a visão espiritual através da palavra de Deus. Cristo ainda aconselha a compra de ouro provado no fogo para o enriquecimento e roupas brancas para que não apareça a nudez. A “compra” é sem dinheiro, sendo realizada através da renúncia ao mundanismo, a si mesmo e ao pecado. As roupas brancas significam viver uma nova vida, uma nova natureza em Cristo, com vestes espirituais de justiça.

10. Por causa do orgulho Pedro negou a Jesus.

Pedro não era somente orgulhoso, ele não tinha domínio próprio, era impulsivo e imaturo. Quando Pedro declara que jamais trairá Jesus, ele acredita em si mesmo. Ele acredita que, diferentemente dos demais, é bom o suficiente para permanecer fiel a Cristo mesmo diante de toda a pressão política e religiosa que os discípulos de Jesus estavam sofrendo.

O que curou Pedro? Como Jesus curou Pedro de seu orgulho, para poder usá-lo? Jesus fez Pedro reconhecer seu orgulho e seu amor por Cristo. Quando Pedro disse: “Senhor, estou pronto para ir contigo até à prisão e à morte” (Lc 22:33), ele estava centrando suas palavras e seus sentimentos sobre si mesmo e acreditando em suas próprias forças. Isso é orgulho. Por que Jesus perguntou a Pedro: “Simão, filho de Jonas, tu me amas?” Essa era a cura do orgulho de Pedro.

O orgulho de Pedro, centrado na ilusão de sua própria autossuficiência, levou-o a afirmar que jamais negaria Cristo e a negá-lo pouco tempo depois. Não tenho dúvidas de que Pedro, realmente, acreditava em si mesmo quando afirmava que jamais negaria a Cristo. Um dos problemas do orgulho é que ele leva as pessoas a acreditarem em si mesmas, negando a Deus o seu lugar em suas vidas.

Ele deixava de centrar seu discurso em si mesmo e passava a colocar Cristo no centro de suas palavras: “Sim, Senhor; tu sabes que te amo”. Entre “estou pronto” e “tu sabes” existe uma grande diferença: na primeira frase, o “eu” assume papel central. Na segunda, o “tu” [que é Jesus] é que é relevante.

A humildade é Fundamental para nossa comunhão com Deus
Quando Jesus pregou o sermão que define o caráter do verdadeiro discípulo, suas palavras iniciais foram diretas ao coração: "Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus" (Mateus 5:3). Ele continuou a pregar durante mais três capítulos, mas muitos ouvintes não o ouviram porque nunca passaram da linha de partida. Mesmo hoje, a maior parte da mensagem do evangelho cai em ouvidos surdos de homens e mulheres arrogantes que não querem mesmo reconhecer a posição de Jesus como Senhor.

Mas Jesus não reduziu os padrões. Ele não abriu uma porta extra para entrarem os arrogantes ou os "quase" humildes. Ele manteve intacto o seu requisito fundamental porque ele reflete a exigência eterna de Deus. Deus nunca aceitou o homem cheio de orgulho que pensava fazer as coisas a seu próprio modo. Ao contrário de toda a sabedoria dos homens carnais, tendentes a adquirir poder e posição, Deus aceita exclusivamente os humildes.

Uma geração depois de Uzias, o profeta Miquéias pegou perfeitamente a idéia quando ele citou as palavras de Deus: "Ele te declarou, ó homem, o que é bom e o que é que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e Andes humildemente com o teu Deus" (Mq 6.8). As Escrituras deixam perfeitamente claro que não há outra maneira de caminhar com Deus. Ou andamos humildemente com nosso Deus, ou não andamos de modo nenhum com ele!

Jesus andou no meio de homens carnais e enfrentou tremendo desafio. Como poderia ele capturar seus corações para moldá-los como os servos humildes que o Pai quer? Não foi uma tarefa fácil. Ele falava frequentemente de humildade, e mostrava em sua vida de serviço o que significa elevar os outros acima de nós mesmos.
Quem poderia exemplificar melhor a humildade voluntária do que o próprio Deus, que deixou sua habitação celestial para servir e mesmo morrer pelos homens pecadores? (Esta é a essência do apelo irresistível de Paulo em Fp 2:3-8).

Dois exemplos mostram claramente como Jesus ressaltava a humildade para seus apóstolos. O primeiro está em Mt 18:1-4. Os apóstolos frequentemente disputavam entre si sobre a grandeza. Dois deles uma vez foram tão ousados a ponto de pedir que fossem colocados acima de seus colegas no reino. Jesus respondeu à atitude deles chamando uma criança. Enquanto estes homens crescidos olhavam, Jesus começou a pregar um sermão memorável: "Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus" (Mateus 18:3-4).

O segundo exemplo, ainda mais tocante, é registrado em Jo 13:1-17. Quando se preparavam para partilhar a refeição da Páscoa, Jesus aproveitou o momento para ensinar uma lição necessária. Os apóstolos jamais esqueceriam esta noite, e Jesus não perdeu a oportunidade para ensinar. Ele tomou uma toalha e água e foi, de discípulo em discípulo, lavando seus pés. Isto era, por costume, serviço dos servos mais humildes, mas aqui o Criador do universo estava se humilhando diante de simples galileus. Quando terminou, ele voltou-se para os apóstolos e perguntou? "Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o envio. Ora, se sabeis estas cousas, bem-aventurados sois se as praticardes" (Jo 13:12-17).

Não é de se admirar que outros homens inspirados falassem da importância da humildade. Tiago disse: "Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós... Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará" (Tg 4:6-10).

Como a arrogância impede a salvação

Podemos tirar algumas conclusões claras e importantes do ensinamento da Bíblia, mostrando o porquê a falta de humildade impede a salvação. Considere como o orgulho é absolutamente oposto às qualidades e comportamentos que Deus quer que demonstremos.

Sem humildade, não serviremos outros como deveríamos, porque aqueles que são arrogantes e egoístas querem ser servidos, e não servir.

Sem humildade, não seremos seguidores. Os orgulhosos querem ser chefes e cobiçam a posição e a influência de outros. Este foi o problema que Arão e Miriã tiveram em Números 12, e o mesmo pecado que custaram as vidas de quase 15.000 pessoas, em Números 16.

Sem humildade não buscaremos realmente a verdade. O homem orgulhoso pensa que já conhece as respostas, e não quer depender de quem quer que seja, nem mesmo do próprio Deus. A arrogância também impede nosso entendimento da verdade. Se não queremos admitir a necessidade de mudança, ou não queremos aceitar o fato que alguma outra pessoa sabe mais do que nós, nosso orgulho será um bloqueio fatal para o estudo eficaz da Bíblia.

Sem humildade, não reconheceremos nossos próprios defeitos. Somos até capazes de enganar nossos próprios corações para não vermos nosso próprio pecado. Saul fez isto quando defendeu sua desobediência na batalha contra os amalequitas. Ele argumentou que tinha obedecido o Senhor e que o povo tinha errado (1 Sm 15:20-21). Deus não aceitou esta desculpa esfarrapada, e não aceita a nossa.

Outro problema relacionado com a arrogância é a dificuldade em aceitar a correção. Pv 15:31-33 mostra a consequência de tal orgulho: "Os ouvidos que atendem à repreensão salutar no meio dos sábios têm a sua morada. O que rejeita a disciplina menospreza a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire entendimento. O temor do Senhor é a instrução da sabedoria, e a humildade precede a honra." Pv 12:1 é mais direto: "Quem ama a disciplina ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é estúpido."

O outro lado deste problema é que a pessoa arrogante também não perdoa o erro dos outros. O orgulho é inerentemente egoísta, e nos torna facilmente ofendidos e lentos a perdoar. Isto cria uma tremenda barreira para a salvação. Jesus ensinou claramente que a pessoa que não perdoa não será perdoada por Deus (Mt 6:12,14-15).

A última linha é muito clara. Se não aprendemos como ser humildes, não entraremos no céu. Deus rejeita os orgulhosos e exalta os humildes (Tg 4.6,10).

Como desenvolver a humildade

Uma vez que a humildade é obviamente essencial à nossa salvação, deveremos estar preocupados em acrescentar esta qualidade a nossas vidas. Aqui estão umas poucas sugestões simples que nos ajudarão:
Devemos procurar o melhor nos outros, e buscar servir os outros como Jesus fez (Rm 12.10; Ef 4.2-3; Fp 2.3-4).

Não devemos pensar que somos importantes (Lc 17.10). Cada um deve usar sua capacidade, porém não devemos pensar que somos melhores do que outros (Rm 12:3-8).

"Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará" (Tg 4.10).